Plataforma Salvar o Tua —
Associação de Defesa do Ambiente
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Plataforma Salvar o Tua
condena insegurança
e incumprimento de compromissos com a UNESCO nas obras de Foz Tua
e incumprimento de compromissos com a UNESCO nas obras de Foz Tua
26
Julho 2013
Na passada terça-feira, 23 de Julho, a Autoridade
para as Condições de Trabalho (ACT) detectou que vários operários da barragem
de Foz Tua trabalham o dobro do horário permitido por lei, tendo autuado as
empresas executantes da obra. Segundo reportado na comunicação social, há casos
em que os trabalhadores iniciam os seus trabalhos às oito da manhã e terminam
às sete da tarde, e alguns dos subempreiteiros têm registos de trabalho que
começam às quatro e seis da manhã até às sete da tarde. A ACT terá também
detectado irregularidades nas protecções colectivas em passadiços e vias de
circulação em altura e ainda debilidades na distribuição de água potável aos
trabalhadores.
Esta não foi a primeira vez que foram detectadas
irregularidades nas obras desta barragem. Já aquando de prospecções geológicas
para o primeiro Estudo de Impacte Ambiental ocorreu um acidente que vitimou um
geólogo,. Desde 2011 foram contabilizados três acidentes com três mortos e oito
feridos. Estranhamente, estas repetidas irregularidades e infracções nunca
motivaram uma paragem significativa das obras.
Em 2012, a UNESCO impôs um conjunto de exigências
para não declarar a incompatibilidade entre a barragem de Foz Tua e a
classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial. Duas dessas
exigências foram (i) o reforço das condições de segurança da obra e
(ii) o abrandamento do ritmo das obras. Como agora se constata pelas
irregularidades detectadas pela ACT, ambas as exigências ficaram por cumprir: a
segurança deixa muito a desejar (um problema vulgar em obras feitas de forma
apressada ou com controlo insuficiente por parte do dono de obra), e o número
excessivo de horas de trabalho indica claramente que o suposto “abrandamento”
não passa de uma farsa.
Lembremos ainda ainda que as medidas exigidas pela
UNESCO ao Estado Português farão aumentar o custo da barragem na ordem dos 50%
(estimativa nossa, uma vez que não existem números oficiais), o que torna esta
obra ainda mais ruinosa para os consumidores-contribuintes.
A solução: PARAR AS OBRAS DE FOZ TUA.
GEOTA – GRUPO
DE ESTUDOS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AMBIENTE, LPN – LIGA PARA A PROTEÇÃO
DA NATUREZA, SPEA – SOCIEDADE PORTUGUESA PARA O ESTUDO DAS AVES, QUERCUS –
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, COAGRET – COORDENADORA DE AFECTADOS
PELAS GRANDES BARRAGENS E TRANSVAZES, AAVRT – ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO VALE DO
RIO TUA, ALDEIA – ACÇÃO, LIBERDADE, DESENVOLVIMENTO, EDUCAÇÃO, INVESTIGAÇÃO,
AMBIENTE, FAPAS – FUNDO PARA A PROTEÇÃO DOS ANIMAIS SELVAGENS, GAIA – GRUPO DE
ACÇÃO E INTERVENÇÃO AMBIENTAL, QUINTA DOS MURÇAS, MCLT – MOVIMENTO CÍVICO PELA
LINHA DO TUA, MOVIMENTO DE CIDADÃOS EM DEFESA DA LINHA DO TUA
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