O inverno e os bebés não são muito
amigos. Eu já sabia!
No outro dia, lá me calhou a administração de mais um
antibiótico à mais nova lá de casa. Mas, porque venho para aqui falar em
antibióticos? O que tem isso de ambiente?
A razão é simples – no fim do
tratamento, cumprindo as indicações do médico, restava praticamente meio
frasco.
Penso que muitas vezes são estes
pequenos desperdícios que todos somados contribuem para a ineficiência do país
e em nada contribuem para o ambiente.
Vamos então contar a história com um
bocadinho de mais pormenor.
A médica receitou Ceclor 125 mg/ml,
suspensão oral, 120 ml. Com esta concentração gastaria o fraco até ao fim. No
entanto, na farmácia não tinham. Contactados diversos distribuidores, ninguém
tinha e não voltariam a ter. Estávamos em Fevereiro deste ano.
Fui agora consultar o site do Infarmed e o Ceclor 125 mg/ml teve autorização de comercialização válida até 11 de Março
deste ano e pode ser escoado até 27 de Julho.
Não tendo outra solução, acabei por
ter de comprar a concentração 250 mg/ml.
As perguntas que deixo são as
seguintes:
- Porque deixou de ser
comercializada a concentração 125 mg/ml? Porque sou obrigado a deitar meio
frasco fora?
- Enquanto existe autorização de
comercialização, não devia a farmacêutica ser obrigada a disponibilizar? Caso
assim não seja, e sendo hoje as receitas electrónicas, não seria possível o
médico aceder a uma base de dados actualizada com os medicamentos disponíveis?
Termino com uma palavra de apreço
para a médica em causa – quando perguntei se podia mudar de concentração, ela respondeu-me que sim, que só tinha receitado a concentração 125 mg/ml para evitar deitar fora o resto no
fim do tratamento. Tivéssemos todos estas preocupações!
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