
Primeiro que tudo, uma declaração de interesses. Moro no Parque das Nações e gosto muito de lá morar. Cresci nos Olivais, ou seja, o "lado oriental” é o “meu lado” da cidade.
Não gostei do modo como vi o Governo, através da Ministra do Ambiente, anunciar a extinção da Parque EXPO. Procurei um texto oficial do Governo, para fugir ao “filtro” das notícias, mas não encontrei. Ao ouvir as notícias pairavam no ar duas ideias:
- A Parque EXPO seria uma empresa que já não era necessária;
- A Parque EXPO tinha uma dívida muito grande.
Não me parece justo tratar assim uma instituição que efectuou uma das maiores reconversões urbanas em Portugal e que foi responsável pela organização de uma Exposição Mundial de sucesso, em minha opinião. Mesmo em termos de gestão urbana do actual Parque das Nações, uma coisa posso garantir, a gestão urbana é eficaz, em especial quando comparada com o que nos habituam as câmaras municipais. Se é eficiente… já não sei, uma vez que não conheço os custos associados e se são maiores ou menores do que os de outras entidades para serviços prestados equivalentes.
Quanto ao valor da dívida - parece-me demagogia não considerar o valor do activo. Por outro lado, se é verdade que a EXPO98 custou muito dinheiro aos contribuintes portugueses, também é verdade que há muitas mais valias para a cidade e para o país que devem ser consideradas.
Não estou contra a extinção da Parque EXPO pelos seguintes motivos:
- A gestão urbana do Parque das Nações tem de ser resolvida e adoptado o modelo que se se segue no resto do país;
- Há muitas empresas a prestar os serviços que a Parque EXPO hoje desenvolve, já não sendo necessário ser o Estado a assegurar essa função, como ocorreu para a concretização da EXPO98.
Se fosse ministro gostava de conseguir anunciar a extinção de outro modo, lembrando o importante papel que a Parque EXPO teve, em especial na criação do Parque das Nações. Hoje o Parque das Nações é um território com uma qualidade urbana muito superior à que é habitual em Portugal. E, contrariamente, ao que por vezes se ouve, é um território aberto a todos. Basta ver, e ainda bem, a quantidade e variedade de pessoas (não moradores) que utiliza o espaço para momentos de lazer.
Para que muitas das mais valias que o Parque das Nações representa não se perca, importa resolver bem a questão da gestão urbana, nomeadamente a passagem para as câmaras municipais. Um município ou dois municípios? O Parque das Nações tem uma identidade própria, pelo que me parece importante que esta coerência seja mantida. Tenho lido alguns textos que aparentam algum elitismo e tentam “afastar” a câmara de Loures. Não gosto desses textos. Nada tenho contra, antes pelo contrário, relativamente a Loures. O importante, reforço, é manter a coerência do Parque das Nações. Que tal fazer-se uma discussão pública sobre este tema? Que tal dinamizarem-se sessões de discussão sobre o assunto? Como morador, estou pronto a participar e a ajudar na organização.
Pedro Costa*
*Este texto representa somente a opinião do seu signatário
- A Parque EXPO seria uma empresa que já não era necessária;
- A Parque EXPO tinha uma dívida muito grande.
Não me parece justo tratar assim uma instituição que efectuou uma das maiores reconversões urbanas em Portugal e que foi responsável pela organização de uma Exposição Mundial de sucesso, em minha opinião. Mesmo em termos de gestão urbana do actual Parque das Nações, uma coisa posso garantir, a gestão urbana é eficaz, em especial quando comparada com o que nos habituam as câmaras municipais. Se é eficiente… já não sei, uma vez que não conheço os custos associados e se são maiores ou menores do que os de outras entidades para serviços prestados equivalentes.
Quanto ao valor da dívida - parece-me demagogia não considerar o valor do activo. Por outro lado, se é verdade que a EXPO98 custou muito dinheiro aos contribuintes portugueses, também é verdade que há muitas mais valias para a cidade e para o país que devem ser consideradas.
Não estou contra a extinção da Parque EXPO pelos seguintes motivos:
- A gestão urbana do Parque das Nações tem de ser resolvida e adoptado o modelo que se se segue no resto do país;
- Há muitas empresas a prestar os serviços que a Parque EXPO hoje desenvolve, já não sendo necessário ser o Estado a assegurar essa função, como ocorreu para a concretização da EXPO98.
Se fosse ministro gostava de conseguir anunciar a extinção de outro modo, lembrando o importante papel que a Parque EXPO teve, em especial na criação do Parque das Nações. Hoje o Parque das Nações é um território com uma qualidade urbana muito superior à que é habitual em Portugal. E, contrariamente, ao que por vezes se ouve, é um território aberto a todos. Basta ver, e ainda bem, a quantidade e variedade de pessoas (não moradores) que utiliza o espaço para momentos de lazer.
Para que muitas das mais valias que o Parque das Nações representa não se perca, importa resolver bem a questão da gestão urbana, nomeadamente a passagem para as câmaras municipais. Um município ou dois municípios? O Parque das Nações tem uma identidade própria, pelo que me parece importante que esta coerência seja mantida. Tenho lido alguns textos que aparentam algum elitismo e tentam “afastar” a câmara de Loures. Não gosto desses textos. Nada tenho contra, antes pelo contrário, relativamente a Loures. O importante, reforço, é manter a coerência do Parque das Nações. Que tal fazer-se uma discussão pública sobre este tema? Que tal dinamizarem-se sessões de discussão sobre o assunto? Como morador, estou pronto a participar e a ajudar na organização.
Pedro Costa*
*Este texto representa somente a opinião do seu signatário
Sem comentários:
Enviar um comentário